segunda-feira, 16 de março de 2009

Língua portuguesa

«Português básico “reduzido a menos de mil palavras”. “O Português básico está reduzido a menos de mil palavras”, vítima de uma banalização que faz com que “as pessoas falem todas da mesma maneira”. Mais: “os portugueses complicam desnecessariamente uma língua que é uma obra prima da nossa História”. A opinião é de Artur Anselmo, presidente do Instituto de Lexicologia e Lexicografi a da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa. “Temos 110 mil palavras dicionarizadas - e não falo nas locuções, que aí iríamos para as 300 mil - e o Português básico está reduzido a menos de mil palavras, o que é péssimo”, declarou o fi lólogo à Lusa. “O verbo «pôr» está a desaparecer, hoje toda a gente «mete» - diz-se «meto a mesa» em vez de «ponho a mesa» e isto é mau. O verbo «fazer» também está a desaparecer: já ninguém «faz» perguntas, toda a gente «coloca» questões”, exemplificou. Artur Anselmo alertou ainda para a inexistência de uma listagem de palavras da Língua Portuguesa, sem o qual “não pode haver” Acordo Ortográfi co. “Ainda não foi elaborado o vocabulário - uma listagem das palavras da Língua Portuguesa - e não pode haver um acordo sem esse vocabulário, no qual entram as contribuições de Portugal mas também dos outros países de Língua Portuguesa”, afirmou Anselmo, alertando que “esse processo é demorado”. “Não sei o que se passa nos países africanos e em Timor”, disse. Em Portugal, “o Governo não tomou posição nenhuma, não encarregou ninguém, nem a Academia das Ciências” dessa tarefa.»
(In Página 1)

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