terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Irritação.

Irritei-me hoje. E ontem também. Com os alunos? Não!
Este é um desabafo cuja única fundamentação para aqui figurar é o de querer lançar o debate entre os alunos sobre os problemas da Educação.
Cá fica o desabafo, mesclado de irritação e revolta, que deixei algures num "forum" de discussão (http://interactivo.blogs.sapo.pt/), depois de ler alguns outros comentários:
«Leio os impropérios que são dirigidos aos professores e vejo o desrespeito com que deles todos hoje se acham no direito de falar. E penso nas palavras de Eça:
"Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade. " (Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora (1867)).
Aida Lemos,Professora, e com muito orgulho no trabalho que faz, não obstante a revolta de se sentir como alvo de tentativas de "atestados de menoridade", passados por demasiados políticos e por outros que talvez gostassem de ocupar as cadeiras daqueles. E, sim, Sr. Fernando Santos, "dou-me ao respeito", pelo que não responderei a comentários rancorosos. »

1 comentário:

Anónimo disse...

As vezes sinto me um pouco burro num sistema que nos passa muitas vezes o atestado de "burridez". Quando vejo reformas que va la ate devem ser essenciais... Para a economia, sinto me impotente para estudar e esfolar por um titulo que terei e que concerteza nao me servira para nada. E caso para perguntar: Educacao em Portugal: que e isso?