terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

As Facas
Quatro letras nos matam quatro facas
que no corpo me gravam o teu nome.
Quatro facas amor com que me matas
sem que eu mate esta sede e esta fome.
Este amor é de guerra. (De arma branca).
Amando ataco amando contra atacas
este amor é de sangue que não estanca.
Quatro letras nos matam quatro facas.
Armado estou de amor. E desarmado.
Morro assaltando morro se me assaltas
E em cada assalto sou assassinado.
Quatro letras amor com que me matas.
E as facas ferem mais quando me faltas.
Quatro letras nos matam quatro facas.
(Manuel Alegre)
Talvez este não seja o texto mais apropriado à foto, mas foi aquele ao qual a minha mente me reportou de imediato. Uma bela foto, sem dúvida.
Ana Isabel 11ºF

1 comentário:

Anónimo disse...

Não são facas que nos matam,
não são láminas que nos cortam,
são as palavrs que me dizes,
as frases gélidas do teu coração empedrenido.
Peço-te palavras que me curem,
dás-me sabres que dilaceram.
Se é morte que esperas, se é dor que desejas,
lembra-te que são as palavras que mais ferem quendo as deixamos perdidas pelo chão.
Dá razão ás minhas e tuas palavras, não deixes que te matem como me matam a mim.
Não lhes dês a nossa culpa, nós é que não as sabemos usar.
As palavras são pequenos seres inanimadops aos quais dá-mos vida, por isto, por nós, dão lhes dês a forma de armas pois elas também querem amar em vez de matar.

Catarina Faria 11ºF