quarta-feira, 30 de setembro de 2009

30 de Setembro de 1452: 1º livro impresso

A Bíblia de Gutenberg, a chamada B 42 (“Bíblia de 42 linhas”, por ter precisamente colunas, duas, de 42 linhas) foi impressa entre 1452 e 1455. Não se sabe ao certo em que dia começou a se impressa, mas há quem aponte o dia 30 de Setembro. Não sei qual a razão para que alguns apontem este dia, mas reparo numa coincidência (que não vi referida em que aponta esta data). É que 30 de Setembro é o dia da morte de São Jerónimo (de nome Eusebius Sophronius Hieronymus). Morreu no dia 30 de Setembro de 429. Ora, Jerónimo foi o tradutor da Bíblia de grego para latim vulgar. A sua Bíblia, geralmente seguida até ao advento das bíblias de reforma protestante, é conhecida por “Vulgata”. E foi essa versão da Bíblia que Johannes Gutenberg imprimiu. (In http://tribodejacob.blogspot.com/)
A invenção da imprensa deu ao homem o seu primeiro grande meio de comunicação e proporcionou-lhe a preservação e a divulgação em larga escala do conhecimento humano, o que até então estava limitado a um número restrito de privilegiados. Os Chineses foram os precursores da invenção da imprensa ao criarem as primeiras formas de reprodução. O mais antigo livro conhecido é uma xilogravura Chinesa, o Sutra Diamante, datada de 868 d.C. No entanto foi na Europa, em meados do século xv, e sem qualquer prova de que as descobertas Chinesas tivessem tido alguma influência, que se inventou a imprensa tipográfica. Anteriormente, ao longo dos séculos, a comunicação entre os homens limitava-se ao poder da voz humana, às primeiras formas de escrita experimentadas em suportes diversificados, como a madeira, o papiro, a seda e o pergaminho. É sobre o pergaminho que o Ocidente vai começar a ler, enquanto na China o papel irá substituir a seda e a casca de bambu. Na Idade Média, o livro tornou-se uma obra de arte com as suas belas encadernações em couro, marfim, prata, bronze, tecidos bordados ou adamascados, etc. No texto a caligrafia e a pintura unem-se para produzir as iluminuras. No entanto, a divulgação do livro era pequena, visto o trabalho do copista ser moroso, o que tornava o livro dispendioso. Além disso, era impossível evitar os erros, resultantes das falhas dos copistas. A invenção da tipografia, cerca de 1438, caracterizou-se pela introdução de alguns factos que lhe justificam o carácter inovador: a adopção das matrizes metálicas que permitiram a fácil multiplicação dos caracteres tipográficos e do molde de fundição dos mesmos; a utilização da prensa, embora esta constituísse uma adaptação da então usada para o azeite e o vinho. A invenção da tipografia é atribuída a Johann Gutenberg, alemão, de Mogúncia, que fez as suas primeiras experiências em Estrasburgo por volta de 1436. Das primeiras obras impressas por Gutenberg destaca-se a monumental Bíblia de 42 linhas, obra mestra de prototipografia. Nos anos seguintes, a imprensa surge noutras cidades levada pelos pioneiros da tipografia, os prototipógrafos, na sua maioria discípulos de Gutenberg. Em Portugal , a discussão sobre a localização da primeira tipografia assenta nas hipóteses de Leiria, Faro, Lisboa, Chaves e Guarda. As conclusões dos estudiosos não apresentam uma conclusão completa, para o que são razões determinantes o carácter itinerante da actividade dos impressores e a carência de provas documentais seguras. Sabe-se que o primeiro incunábulo conhecido é o Pentateuco hebraico de Faro, publicado em 1487 na oficina de Samuel Gacon, mas supõe-se, através de provas documentais, que terá havido impressões documentais anteriores a essa data. (In www.fcsigns.com.br/siteprofessor/arquivos)

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