terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"Línguas de Perguntador" de 3 de Dezembro

Estimado e atento leitor, estamos de regresso com mais uma edição das Línguas de Perguntador. É com enorme prazer que damos continuidade ao trabalho que tem vindo a ser realizado pelos nossos colegas do Clube da Língua Portuguesa (CLP) da Escola Secundária de Barcelinhos. E estamos cá de novo, pois queremos que os nossos leitores se deliciem com a leitura desta nossa rubrica e não que fiquem “a ver navios". Cá está mais uma expressão muito utilizada na nossa linguagem do dia-a-dia e que vem de há muito tempo atrás. Dom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (séc. XVI), desapareceu na Batalha de Alcácer-Quibir, em Marrocos. O seu corpo nunca foi encontrado e os portugueses recusavam-se a aceitar a morte do monarca. Era comum as pessoas subirem ao monte de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o jovem rei regressar. Como ele nunca regressou, o povo ficou a ver navios… Muitos falantes portugueses já nem se devem lembrar deste facto histórico. Certamente que andam a “comer muito queijo”, pelo que se esquecem muito. Será?! Esta é uma antiga crença popular na qual o queijo é visto como um alimento nocivo à memória. Felizmente para todos os amantes deste produto, a ciência veio comprovar que esta crença não tem verdadeiro fundamento. Pelo contrário, sabe-se hoje, por meio das conclusões provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos importantes para o trabalho cerebral. Agora os nossos leitores já sabem que podem comer queijo “à grande e à francesa” – expressão que significa viver com luxo e ostentação, originária do tempo em que o general de Napoleão, Junot, chegou a Portugal na primeira invasão francesa e ele e os seus acompanhantes se passeavam vestidos de gala pela capital portuguesa. Assim nos despedimos quase chorando, mas não “lágrimas de crocodilo”, não pensem!...E por que se dizem de crocodilo estas lágrimas e não de tigre ou até mesmo de rã? Provavelmente a maioria dos fingidores sabe a resposta que vamos dar: o crocodilo quando insere um alimento faz forte pressão contra o céu-da-boca, comprimindo as glândulas lacrimais, pelo que "chora" enquanto devora a vítima. Nada agradável, pois não? Está na hora de terminar, mas prometemos voltar em breve. Para a semana as Línguas de Perguntador estão de regresso com outros elementos do CLP. Não se esqueçam de enviar sugestões, dúvidas, curiosidades para lperguntador@gmail.com e até breve! CLP – Márcia Figueiredo e Susana Fernandes 12ºE

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