sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Riqueza de humanidade

«No Uganda, um grupo de mulheres doentes de sida sobrevive a trabalhar numa pedreira. O que elas fazem é partir pedras à mão e depois vendem-nas aos construtores. E sobrevivem com apenas uma refeição por dia. [...] Quando estas mulheres souberam do tsunami e do furacão Katrina nos EUA - e, mais recentemente, do terramoto em L’Aquila – organizaram-se e conseguiram reunir dinheiro para as vítimas. Disseram elas: “Sabemos o que é viver sem casa e sem comer. Se eles pertencem a Deus, pertencem também a nós. Por isso, vamos ajudá-los”. E ofereceram uma quantia considerável que, realmente, lhes fazia falta. Os jornalistas escandalizaram-se. Acharam que não era justo disporem assim do dinheiro sendo tão pobres... Acharam, tal como a esmagadora maioria, que fazer caridade deveria ser apenas dar o que sobra. Então, uma mulher doente disse aos jornalistas: “O coração do homem é internacional, não tem raça, nem cor e comove-se!” Que invejável, a riqueza de humanidade destas mulheres!»
(In Página1)

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

As três vidas, de João Tordo, venceu o Prémio Literário José Saramago

As três vidas, de João Tordo, venceu o Prémio Literário José Saramago, atribuído pela Fundação Círculo de Leitores. O prémio foi entregue, ontem, em Penafiel, na presença do próprio Saramago. Com o objectivo de distinguir jovens escritores portugueses até aos 35 anos, o Prémio Literário, que passará a ser atribuído, já a partir do próximo ano, alternadamente entre Portugal e Espanha. foi para João Tordo, nascido em Lisboa, um ano depois da revolução de 74. O júri escolheu esta obra entre 36 autores do universo lusófono. "Não tenha dúvidas de que efectivamente gostei do seu livro, mas não esqueçamos que 70% da boa literatura é linguagem", disse José Saramago ao premiado. Para Saramago, João Tordo "tem dotes de efabulação que não se encontram facilmente, não perde o pé, o que numa narrativa é fundamental". "Recomendaria apenas os 70% mais importantes de uma obra literária são simplesmente a linguagem. E que a cuide, que a defenda, que a proteja, que se responsabilize por ela porque tem essa responsabilidade, não por ganhar o prémio, mas porque é um autêntico escritor", disse. "As três vidas" é o terceiro romance de João Tordo, e conta a história de um homem inocente caído num enredo de acontecimentos mundiais que se cruzam por uma quinta nos arredores de Santiago do Cacém. "Além da marca reflexiva (e autoreflexiva) da narrativa, João Tordo demonstra grande capacidade em descrever ambientes citadinos, o espaço claustrofóbico das grandes cidades, mesmo que nesse romance a acção também se passe em território nacional: no Alentejo e numa Lisboa pessoanamente "revisitada", disse Maria Nazaré Gomes dos Santos. "Sou o sexto escritor que vence este prémio, atribuído bianualmente. É uma grande responsabilidade porque a partir do momento em que ficamos debaixo deste jugo que é o nome de José Saramago - nome mais importante das nossas letras nos últimos cem anos - temos de fazer jus desse nome. Portanto, tudo o que vier daqui para frente são momentos que me vão obrigar a pensar muito bem naquilo que vou escrever e publicar", confessou o premiado. (In Jornal de Notícias)

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domingo, 18 de outubro de 2009

Hoje, porque sim.

http://www.youtube.com/watch?v=o24ZnHcVnnw

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Prémio Nobel da Literatura 2009: Herta Müller

O Prémio Nobel da Literatura foi atribuído este ano à escritora alemã de origem romena Herta Müller, de 56 anos. A romancista, nascida em 1953 na aldeia de Nitzkydorf, perto de Timisoara, na Roménia, é distinguida pela Academia sueca por ter, “com a densidade da poesia e a franqueza da prosa, representado o universo dos deserdados”. “[Müller] Ficou muito, muito contente, e nós também”, disse, em Munique, Leonie Obalski, a porta-voz da sua editora, a Hanser Verlag. Estão publicados em Portugal os romances da autora “O Homem é um Grande Faisão Sobre a Terra”, edição da Cotovia, e “A Terra das Ameixas Verdes”, da Difel. A escritora receberá o prémio no valor de 10 milhões de coroas suecas (980 mil euros) a 10 de Dezembro, na capital sueca. A estreia literária de Müller fez-se com a colecção de contos “Niederungen”, em 1982. A obra foi censurada na Roménia. Em “Drückender Tango” (1984), tal como no primeiro livro, descreveu a vida numa pequena vila romena em que se falava alemão e a “corrupção, intolerância e repressão” que lá se vivia. A imprensa romena criticou negativamente as obras, ao contrário da alemã. Proibida de publicar na Roménia, pelas suas críticas públicas à censura e ao regime de Nicolae Ceauşescu, Müller emigrou em 1987 com o marido, o escritor Richard Wagner. O escritor alemão Günther Grass afirmou-se “impressionado e muito contente” com a atribuição do Nobel a Herta Müller. “É uma óptima romancista”, declarou Grass, Prémio Nobel de 1999, à AFP. “Confesso que o meu favorito era Amos Oz. Mas devo sublinhar que o Comité Nobel tomou uma óptima decisão”. Müller tornou-se a 12ª mulher a ser galardoada com o Prémio Nobel da Literatura. Ao todo, foram entregues 101 Nobel da Literatura, desde a criação do galardão, em 1901. (in P1)

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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

5 de Outubro de 1910: implantação da República

O termo "república" provém do latim res publica ("coisa pública").
A Revolução de 5 de Outubro de 1910 pôs termo à monarquia em Portugal, dando lugar à República, forma de governo na qual os representantes são escolhidos pelo povo por meio de eleição realizada por voto livre e secreto, com vista a permitir afirmar os valores da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da igualdade e da justiça.
Joaquim Fernandes Teófilo Braga nasceu em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, nos Açores, a 24 de Fevereiro de 1843. Pertencia a uma família da aristocracia açoriana, mas a morte da mãe deixou-o numa situação de grandes dificuldades económicas. Começou, então, a trabalhar bastante cedo como tipógrafo. Mais tarde, com uma pequena mesada que o pai lhe atribuiu e com trabalhos de tradutor, explicações e alguns artigos e poemas que escrevia, conseguiu tirar o Curso de Direito na Universidade de Coimbra onde foi contemporâneo do poeta Antero de Quental. Doutorou-se em 1868, e publicou estudos sobre literatura como a História da Poesia Popular Portuguesa, o Romanceiro Geral. Em 1872 tornou-se catedrático de Literaturas Modernas. Dedicou-se vários anos ao estudo da doutrina de Comte, tornou-se defensor do Positivismo e publicou vários ensaios e artigos em que desenvolveu as suas teses. Dirigiu também as revistas Positivismo, com Júlio de Matos, e Era Nova, com Teixeira Bastos. A par da actividade de professor e investigador, tornou-se um destacado militante do Partido Republicano Português. Participou na organização do Tricentenário de Camões em 1880, que foi afinal a primeira grande manifestação pública de republicanismo. No mesmo ano, publicou a História das Ideias Republicanas em Portugal. As suas obras e a sua acção política tornaram-no alvo de perseguições, mas apesar disso manteve-se sempre firme na defesa dos seus ideais. Ainda durante a monarquia assumiu os cargos de Vereador da Câmara Municipal de Lisboa e de membro do Directório do Partido Republicano Português (PRP), de que era presidente quando se deu a revolução do 5 de Outubro. Muito respeitado no País e no estrangeiro, foi escolhido para chefe do Governo Provisório com funções de Presidente da República. Foi o seu governo que adoptou a Bandeira Nacional (29 de Novembro de 1910) e A Portuguesa como hino nacional. Após a aprovação da Constituição foi deputado e, a 14 de Maio de 1915 foi eleito Presidente da República. Assumiu as funções de Chefe de Estado de forma simples e despretensiosa, retomando as suas actividades de investigador quando concluiu o mandato. A sua obra constitui uma verdadeira enciclopédia da História da Literatura Portuguesa: pois deixou 360 trabalhos publicados.Morreu em Lisboa com 80 anos, em 1923. (PNL)

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Porque tenho orgulho em ser professora

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A beleza como arte e humanidade. Fotografias de Hans Sylvester

Nos confins da Etiópia, a três dias a pé da pista de Addid-Abeba, a mais de mil quilómetros de Khartoum e a séculos da modernidade, Hans Sylvester fotografou, durante seis anos, tribos onde homens e mulheres, crianças e velhos são génios da arte contemporânea. Os corpos deles são a tela que escolhem e os dedos os pincéis. As fotografias são de uma beleza exuberante e pura:

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