domingo, 29 de junho de 2008

"Shadowlands" - a ver IX

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"Dancer in the dark" - a ver VIII

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"Adeus, Lenine" - a ver VII

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"A Queda" - a ver VI

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"As Horas" - a ver V

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terça-feira, 24 de junho de 2008

Fragilidades ... e sempre Sophia

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa
Sophia M.B. Andresen

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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Ana Salomé

o que eu queria
era ser o rio
aquele ainda puro
para sempre puro
e ir morrer no mar
sem precisar do sonho
porque um rio não sonha
o rio tão-só é
a alegria da morte
no reflexo do sal
o rio ensina o doce canto
da água do corpo
e aí, só aí, é simples
tão simples ser menina
sem o trovão fluvial
daquele amor
de dois rios a correrem
lado a lado
para o sol dos recifes
onde amado e amada
falam a língua esquecida
do mundo novo.

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sábado, 21 de junho de 2008

"Closer" - filme e música extraordinários! A ver e ouvir IV :-)

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"África Minha" - filme e música extraordinários! A ver e ouvir III :-)

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"O Piano" - filme e música extraordinários! A ver e ouvir II :-)

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"Fala com ela" - filme e música extraordinários! A ver e ouvir :-)

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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Concurso literário - 3º lugar (ensino secundário): Ana Roriz, nº 5 10º B

Bekas era um cão rafeiro que andava abandonado pelas ruas da cidade de Faro. Cão esse de pêlo castanho claro, com umas pernas muito curtas, e as orelhas, castanhas e macias, eram duas grandes folhas outonais. Entretanto o Rui, menino de 12 anos, apercebeu-se de que o cão andava em frente à sua casa, a rondar o caixote do lixo. Então, com pena do pequeno cão, foi de imediato falar com sua mãe que estava em casa por estar desempregada. -Ó mãe! – chamou o Rui. -Diz, Rui – respondeu a mãe. -Está um cãozinho muito lindo lá fora, de volta do caixote do lixo, mãe – contou-lhe o Rui. -E que queres que eu faça, meu filho? – perguntou a mãe. -Não podemos ficar com ele aqui em casa, mãe? – pediu o Rui. -Eu gostaria imenso, meu filho, mas sabes que um cão dá muitas despesas e nós não estamos muito bem a nível económico, meu filho. Neste momento é só o teu pai a trabalhar para as despesas da casa – respondeu a mãe, com pena por estar a passar por aquela situação. - Oh, mãe, mas o cão é mesmo lindo, anda ver! – pediu o Rui. Então lá foi o Rui até à varanda com a mãe para que ela pudesse ver o cão. -É muito bonito mesmo, meu filho, deixa chegar o pai a casa e eu vou falar com ele… – prometeu a mãe. -Obrigado, mãe! – agradeceu o Rui. -Ó mãe, eu prometo cuidar dele e dar-lhe de comer e tudo. E até deixo de te pedir roupa nova para que me possas deixar ficar com o cão! – exclamou o Rui, com um brilho esperançado no olhar azul. -Está bem, meu filho, por mim pode ser, vou continuar o que estava a fazer… – anunciou a mãe, com um sorriso meigo. A mãe lá foi continuar o seu trabalho doméstico, enquanto o Rui ficou na varanda a apreciar o cão e à espera que seu pai chegasse do trabalho para poderem resolver aquela situação o mais rápido possível. Entretanto, o Rui avistou o seu pai ao fundo da rua e correu para o portão e, quando o pai já estava a entrar em casa, o Rui disse-lhe: Pai, olha que cão bonito ali perto do caixote do lixo… -É muito bonito mesmo! – concordou o pai, dando-lhe um beijo na testa morena. -Eu queria ficar com ele aqui em casa… deixas, pai? – perguntou o Rui, com um tom rouco na voz, que fazia tão bem quando queria seduzir. -Preciso de falar com a mãe – respondeu o pai. -Já falei! – retorquiu o Rui todo contente, porque sabia que a mãe não se importaria. -Mas preciso de falar com ela na mesma, filho – concluiu o pai. Então, enquanto o pai falava com a mãe, o Rui foi para o portão ver o cão que já se encontrava deitado à sombra do caixote do lixo. O pai do Rui, ao falar com a mãe, resolveu deixar o cão ficar lá em casa e decidiu ir ter com o Rui para lhe dar a novidade que ele tanto queria, ouvir. -Rui? – chamou o pai. -Diz, pai! – gritou o Rui, ansioso, mas confiante. O pai aproximou-se então do Rui e disse-lhe: -Anda comigo… Abrindo o portão e dando a mão ao Rui, o pai dirigiu-se para o caixote do lixo. -Filho, eu e a mãe decidimos deixar-te ficar com o cão… – anunciou o pai. -Yes! Yes! Yes! Obrigado, pai! – respondeu o Rui, aos saltos de satisfação. O Rui pegou então no cão e reparou que era uma cadelinha e que tinha uma coleira a dizer “Bekas” e começou a chamar-lhe Bekas, trazendo-a de imediato para dentro do portão para brincar com ela no jardim, mas a primeira coisa que fez foi dar-lhe de comer. A família ficou com tanto carinho à Bekas, que, mesmo com as dificuldades que tinham, não deixaram que lhe faltasse nada, veterinário, comida e limpeza. A partir desse dia, parece que tudo começou a melhorar lá em casa, a mãe arranjou um novo emprego e só com isso já se melhoraram as condições financeiras. Independentemente das condições económicas esta família deu carinho e acolheu este animal, acabando por ter como recompensa melhorias de vida. Isto prova que, apesar das dificuldades que possamos ter, não devemos nunca ficar pobres de espírito e, quando há vontade e desejo de ajudar, somos sempre recompensados por isso.

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terça-feira, 17 de junho de 2008

Concurso Literário - 2º lugar (ensino secundário) "Mudanças" de Ana Isabel, 11º F

Ainda estava a nascer o sol naquele dia quando acordou. Sentindo o cheiro a café acabado de fazer levantou-se e, sorrateiro, dirigiu-se para a cozinha, uma pata atrás da outra como sempre fizera. Os caracóis da menina pareciam brilhar ainda mais naquela manhã. Parou a contemplá-la esperando que ela desse conta da sua discreta presença. Ficou curioso ao reparar que naquele dia a mãe da menina ainda não se havia levantado. Gostava das suas carícias, da sua voz e até de quando esta, correndo atrás de si, gritava: - “Já fizeste das tuas!” E o gato brincalhão lá fugia para o jardim e aproveitava para dar o seu passeio na relva. Era aquele cheiro a rio que fazia com que nunca se afastasse de casa. No entanto, naquele dia tudo lhe parecia diferente: o ar sorridente da menina desaparecera e as habituais carícias a que tinha direito foram esquecidas. Decidiu então esperar que a menina decidisse o que iria acontecer nessa manhã. Ocupado por estes pensamentos nem reparou que o homem daquela casa não estava – a mão áspera que todos os dias lhe afagava o pêlo havia partido! E não, não era um sonho pois era bem real a tristeza da menina e o ar melancólico da sua mãe que acabara de entrar na cozinha. Olhando pela janela, Gil, como os seus donos lhe chamavam, via o rio surgir por entre as árvores do pinhal onde costumava passear ao fim da tarde a fim de ter o seu merecido descanso após um emocionante dia de peripécias. O seu pensamento foi interrompido pela carícia que a menina lhe fez, tentando desculpar-se por só agora lhe ter dado a devida atenção. Feliz com este afago seguiu a menina até à escola, como sempre fazia. Mas naquele dia, tudo lhe parecia estranho, e o rosto da menina ficava cada vez mais soturno. Aquele que era o seu habitual sorriso dava agora lugar a uma expressão lúgubre. O que lhe teria acontecido? Um autocarro passou por eles e a menina, assustada, parou. Agarrou-o e, a correr, voltou para casa. Creio até que, naquela hora, os seus braços pequeninos se transformaram em asas! Chegados a casa, a menina, sentada no alpendre, começou a soluçar. Afinal era apenas uma criança e uma das suas paixões tinha partido! Com o coração devastado pela ausência do pai a menina começou a cantar uma música triste que deixou Gil, até então indiferente àquela tristeza, emocionado, coisa que nunca lhe tinha acontecido. Era uma voz melodiosa a daquela menina! De tal modo agradável que só poderia ser comparada ao canto dos pardais que costumava perseguir. Dentro do seu peito nasceu uma revolta: por que teria aquela menina de sofrer!? Era-lhe doloroso imaginá-la sequer triste, mais arrebatador saber que se encontrava destroçada. E então partiu. Saltou do seu colo e, sem ela perceber, iniciou a que viria a ser a mais longa viagem da sua vida. Partiu para que também o seu pequenino coração de animal não ruísse, esperando pela hora em que o seu sonho se realizasse: deitado junto ao rio olharia o céu por uma última vez e aquele azul iria penetrar nele e transformar o seu coração de tinta em lindos versos de poesia.

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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Concurso Literário - 1º lugar (ensino secundário) "Desfecho" por Cláudia, 11º F

Pelas sombras ia avançando, os ombros arqueados e balouçando, a cara altiva, as orelhas arrebitadas e o ouvido aguçado. Só os olhos se viam, luzidios na noite. A luz amarelenta dos candeeiros neles reflectida dava a impressão de um par de olhos doentio. As sapatilhas chiavam no pavimento marmóreo. Ele miava. Seguiam os dois. Paralelamente sem saber. Os dois ignorantes da existência de cada um. As dez horas tangeram no sino da igreja. O corpo esguio da Joana parou. O gato miou novamente. Parecia que os chamavam. Veio então ele e pegando-lhe delicadamente afagou-lhe o pêlo. Ele era diferente. Não tinha cauda. Um triste acontecimento, um acidente. Ela era diferente. Não tinha olhos. Um triste acontecimento, um acidente. Ainda se lembrava apesar de anos já se terem acumulado. Com o gato no colo ele ia avançando pela noite iluminada pelos candeeiros já vandalizados e velhos. Tinha um carinho especial por aquele gato. Por ser diferente. Achava ele que o gato era especial. Sentia necessidade de o cuidar, de o tratar. A sua mãe passava a vida a dizer-lhe para deixar o gato partir para encontrar o seu fim. Era um gato velho. E não tinha cauda devido a um acidente. Já anos tinham passado mas o acidente tinha deixado as suas marcas. Amava o gato demasiado para o deixar ir. Tinha sido sempre o seu companheiro. Não o queria deixar ir, assim como o gato parecia não querer partir. Todos os dias se empoleirava no muro a fixar o horizonte. À espera de algo - pensava ele. Joana pensou ter ouvido a voz do seu irmão que a chamava. Então quando o Rui chegou à beira dela pegando-lhe no braço disse: Sou eu. Vamos para casa. Então ela foi com o Rui para casa. Rui levava-a para casa apoiando-a no seu braço e pensou há quanto tempo não ouvia Joana a cantar. Não que ela cantasse particularmente bem mas a forma como ela pronunciava as palavras era diferente. Fazia as palavras entrarem na mente das pessoas. Sentia-as e fazia com que as palavras fossem sentidas por quem a ouvia. Era uma forma infantil de as pronunciar mas toda a gente adorava. Há quanto tempo não a ouvia cantar! E há quanto tempo não a via a sorrir. Depois do acontecimento triste, do acidente, tudo mudou. Nunca mais cantou, nunca mais sorriu. Rui achava-a invulgar. Todos os dias Joana se apoiava na parede que encerrava a janela e fixava o horizonte. Não propriamente a fixá-lo visto que a Joana nada via. O Rui não sabia o porquê de ela fazer isso. Mas ela sabia. Ela esperava. A ligação foi-se estreitando. O gato saltou do muro. Ela transpôs a janela. Os pés na terra molhada do jardim deixavam pegadas lamacentas. Pegadas animalescas. Pegadas de um gato. O gato seguia, instintivo. A Joana também pois era cega. Passaram assim o dia. Cientes da inexistência de um do outro. E outro dia nascia. E a Joana fixava o horizonte. E o gato também. Os dois esperavam. E outro dia assim passaram eles. Cientes da inexistência de um do outro. O Rui lamentava a triste sorte da irmã. Joana vivia para a janela. E, no entanto, a janela só a brisa lhe trazia. Por vezes calma, por vezes furiosa. Mas só a brisa. A decepcionante brisa da ingrata janela face a tanta dedicação por parte da Joana. Então o Rui questionou a sua irmã o porquê de tanta infrutífera dedicação à janela. Ela simplesmente respondeu que, um dia, a janela lhe havia de dar aquilo por que esperava. O Rui achou, agora mais do que nunca, importante fechar a sua irmã num manicómio. Joana não podia estar bem. Mas ela não se inquietou. Ela esperava. Naquela tarde notou ele que o gato estava a tornar-se cada vez mais irrequieto. Talvez na ânsia da chegada daquilo que esperava. Não sabia o porquê. E decidiu como sempre não se preocupar com isso. Só o queria lá reter. Sempre que via o gato a debruçar-se para a parte exterior do muro, ele agarrava-o e impedia-o de partir. Só o quero cá reter – pensou ele. Mas o gato também não queria partir. Pois todos os dias voltava ao muro para esperar. Ali ficava. À espera de algo – pensava ele. No dia antes da partida para a sua nova residência, Joana pôs-se à janela. Sabia que o Rui estava em casa e que provavelmente lhe ralharia por ali estar. Ouviu dois sons distintos vindos da rua. O grito de rapaz. O chiar dos travões de um carro. Finalmente a janela tinha retribuído tanta dedicação. Joana, mais uma vez, atravessou a janela. Correu. Até que bateu em algo e caiu. Depois disso não houve mais nada. Ele olhou estupefacto para a rapariga de caracóis que se tinha atravessado à sua frente. Salvou-o. Mas e ela? Como estaria? Viu um rapaz sair da casa em frente. Abraçava-a, chorando. Não conseguia falar. Ainda olhava para o corpo prostrado na sua frente. Uma onda de culpa trespassou-lhe o espírito. Tinha sido ele o causador daquele acontecimento triste. Daquele acidente. O gato saltou do muro. E não tendo agora ninguém que o impedisse, nem vontade de ali ficar, partiu. Aquilo por que tinha esperado chegou. A Joana teve o seu desfecho feliz. O fim da sua agonia. O gato cumpriu o seu papel. Chegou o seu dia. Partiu. Partiu para encontrar o seu fim. O gato especial. O gato sem cauda.

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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Eugénio de Andrade

19 de janeiro de 1923 - 13 de Junho de 2005 É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

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Fernando Pessoa

"O poeta é um fingidor,
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente"
Fernando António Nogueira Pessoa nasceu a 13 de Junho de 1888.

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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Concurso Literário: Resultados

No âmbito da Comemoração do Centenário da morte de José Francisco Trindade Coelho (1861 -1908), autor de Os Meus Amores, o Clube da Língua Portuguesa (CLP) promoveu um Concurso Literário.
Hoje, o júri (constituído pelas professoras Aida lemos, Elisabete Gonçalves e pela aluna, elemento do CLP, Marta Carvalho) esteve reunido. Aqui ficam os resultados:
Ensino Secundário:
1º lugar: texto " Desfecho" de Ana Cláudia Durães, 11º F.
2º lugar: Texto sem título de Ana Isabel Lopes, 11º F.
3º lugar: Texto sem título de Ana Patrícia Roriz, 10ºB
Terceiro ciclo:
1º lugar: texto sem título de Cláudia Alves, 8º B.
2º lugar: texto "O meu animal de estimação" de Anabela barros, 8ºB
3º lugar: texto "O meu cão" de Cláudia Alves, 8º B.
Parabéns a todas!

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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Anuário do CLP

O CLP organizou um Anuário no qual se revisitam as Actividades levadas a cabo neste ano lectivo e que foi distribuído na Escola. Aqui fica apenas a capa:

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terça-feira, 3 de junho de 2008

Celebrar Camões - Recital de Poesia

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